Eu não nasci num recanto feliz, bem distante da povoação.
Mas foi ali que eu passei muitas férias, feriados e finais de semana; com papai, mamãe e os irmãos.
Nossa casa era longe de ser uma casa grande. Na encosta de um represão.
Um cercado pra guardar bezerro. E ao lado, no vizinho, um grande mangueirão.
No quintal, tinha um fogareiro de tijolo. E o que era pra ser um pomar, onde o povo roubava.
Um coberto pra guardar o pilão, não, não tinha não. E as traias que papai usava ficavam espalhadas.
De manhã eu ia na cozinha, um punhado de arroz eu pegava. Juntava e jogava na represa. Num instante os peixes juntavam.
Um cercado pra guardar bezerro. E ao lado, no vizinho, um grande mangueirão.
No quintal, tinha um fogareiro de tijolo. E o que era pra ser um pomar, onde o povo roubava.
Um coberto pra guardar o pilão, não, não tinha não. E as traias que papai usava ficavam espalhadas.
De manhã eu ia na cozinha, um punhado de arroz eu pegava. Juntava e jogava na represa. Num instante os peixes juntavam.
Nosso carro era um fusca mal conservado. Quatro juntas de bois de primeira quase eram necessários para puxá-lo. Ficava encostado no pé de qualquer coisa.
No sabado nós iamos na venda. Fazer compras do que faltasse.
O papai ia desviando dos buracos. E minha mae descia pra abrir as porteiras.
Nosso sítio continua pequeno. Pela imensidão de água cercado.
Preferimos manter a propriedade. Para guardar o grande significado.
O papai ia desviando dos buracos. E minha mae descia pra abrir as porteiras.
Nosso sítio continua pequeno. Pela imensidão de água cercado.
Preferimos manter a propriedade. Para guardar o grande significado.
E quando a folga acabava, partíamos pra a cidade, quase nada grande. A saudade, na infância, partía ao meu lado.
Os anos fizeram com que voltássemos com menos frequência. E acabou-se meu reino encantado.
Hoje, alí, existem as mesmas coisas. Que o tempo ainda não deu fim.
A tapera velha, em partes desabada. E a trepadeira da parede acenando pra mim.
E por ultimo marcou saudade. De um tempo bom que já se foi.
Esquecido em baixo da árvore. O nosso monte de areia, velho e companheiro, como sempre foi.
M.M.
Os anos fizeram com que voltássemos com menos frequência. E acabou-se meu reino encantado.
Hoje, alí, existem as mesmas coisas. Que o tempo ainda não deu fim.
A tapera velha, em partes desabada. E a trepadeira da parede acenando pra mim.
E por ultimo marcou saudade. De um tempo bom que já se foi.
Esquecido em baixo da árvore. O nosso monte de areia, velho e companheiro, como sempre foi.
M.M.
só vc mesmo! Muito boa a sua parodia, Larga de ser engenheira e vai ser escritora!
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