sábado, 25 de junho de 2011
'Não foi nada. Deu saudade, só isso. De repente, me deu tanta saudade', já dizia Caio Fernando de Abreu. E é muito verdade, é tão verdade que chega a doer.
De repente me peguei afogada em nostalgia; de momentos, lugares, de amores, amizades, de sentimentos. De pessoas que passaram e não voltam, umas porque não querem, outras porque não podem.
É um sentimento estranho, é uma sensação que encomoda tanto saber que aquilo que foi um presente tão intenso se transformou em um passado distante, frio, vazio. Meras lembranças. Não sei lidar com isso. Não sei mesmo, e sofro. Me transtorna o fato de perceber que quem se afastou não se importa, e nem tenta mudar isso.
Agora eu paro e vejo fotos, sorrisos. Tanto amor reunido. Tanta amizade, felicidade e companheirismo. Onde foi parar tudo aquilo? Deve mesmo é ter ficado preso, guardado, acorrentado à cada foto. E sim, é exatamente aí que está o poder da fotografia, e o porquê de sua importância. Ela tem o poder de te transpostar para lugares, te lembrar amores, amizades e sentimentos. De trazer de volta quem não volta.
Eu, sinceramente, abdico de todas as minhas fotos tiradas, e de todas que ainda tiraria para ter de volta toda a intensidade e sinceridade do passado, e para viver um presente que nunca precise ser deixado pra trás.
Eu sinto tanta falta. Eu só queria que sentissem a minha falta de volta.
M.M
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Sabe aquela dor que te pega de surpresa? Aquele aperto no peito que você acha que não vai resistir? Aquelas lágrimas que você acha que nunca mais vão secar? Aquele sentimento de perda, de insuficiência, de incompetência, incapacidade, e todos os sinônimos?
Então, isso passa. Tudo isso.
Eu sei que é difícil de acreditar, mas acredite, eu estou sentindo exatamente tudo isso agora, e de alguma forma eu sei que vai passar.
Pode demorar, e eu sei que vai. A dor vai aumentar de intensidade a cada dia frio, chuvoso, de solidão, de carência, ou mesmo de nostalgia. Vai doer a cada vez que alguém acidentalemente, ou não, me lembrar dela. Mas um dia eu vou perceber que ela simplesmente me deixou. Ou que eu simplesmente me acostumei com ela, e já não me encomoda mais. E então eu poderei me arriscar outra vez, e quem sabe até acertar por um tempo. Porém, eu sei que sempre vou acabar me deparando com esse tipo de dor, é inevitável. Cabe descobrir por quem compensa sentí-la, ou quem merece curá-la.
M.M.
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